Orgulho, luta e resistência LGBT

Tiago, diretor do Unificado e Raul

Junho é o mês do Orgulho LGBT, cujo intuito é reafirmar e dar mais visibilidade às lutas por direitos dessa população. O mês foi escolhido para rememorar o levante de Stonewall, uma grande revolta iniciada em 26 de junho de 1969, contra a violência policial constante que ocorria nesse reduto de Nova Iorque, que abrigava, principalmente, as LGBTs mais vulneráveis e marginalizadas (negros, latinos, profissionais do sexo, drag queens e pessoas trans). A revolta se transformou em um marco histórico da organização de pessoas discriminadas por sua orientação sexual ou identidade de gênero.

A lembrança do 50º aniversário do levante de Stonewall foi o mote da Parada do Orgulho LGBT ocorrida dia 23, em São Paulo, porém, as ameaças do governo Jair Bolsonaro de colocar cada vez mais o aparato de Estado a serviço de sua ideologia violenta, que prega perseguição e discriminação de LGBTs, foram o grande destaque nos discursos de abertura do evento, que seguiu com seu tradicional desfile de trios elétricos com artistas que botaram mais de 3 milhões de pessoas para dançar, cantar e comemorar estar vivas no país que mais mata pessoas com motivações LGBTfóbicas e que a expectativa de vida de uma pessoa trans não chega a 35 anos.

Relações de Trabalho

Por ocasião da parada, São Paulo sediou uma série de outros eventos com referência ao mês do orgulho LGBT, e em dois deles o Unificado participou com especial atenção: o Seminário “LGBTs e o Mundo do Trabalho” construído pelo Coletivo LGBT da CUT e outras entidades, que reuniu ativistas de todo o país para trocar experiências e traçar estratégias comuns para enfrentar os desafios no mundo do trabalho; e o curso “LGBTs e as Relações de Trabalho na Perspectiva dos Direitos Humanos”, o primeiro curso da Escola de Formação do Dieese voltado para esse tema.

O diretor do Unificado Tiago Franco, que participou destes dois eventos, destaca: “É muito importante o envolvimento de sindicalistas na luta LGBT para melhorar a qualidade de nossa representação e para que façamos de nossas entidades espaços acolhedores, em que todas as LGBTs se sintam confortáveis para buscar apoio no que precisar para viver e trabalhar com a dignidade e isonomia de tratamento que merecemos”.