Operador da unidade de Craqueamento da Replan, Diogo de Souza Testolini Rozario, de 36 anos, é uma fera na corrida e já participou das principais maratonas e provas do Brasil. Atleta superdedicado, treina pelo menos seis vezes por semana: corre, faz musculação, pedala e capricha na alimentação balanceada.
Diogo sempre gostou de praticar esporte. Já jogou basquete, futebol, vôlei, nadou, fez ciclismo, mas se apaixonou mesmo pela corrida. Ele começou a atividade por recreação e passou a encarar a modalidade de forma mais séria em 2004, depois que seu pai teve um infarto fulminante, aos 51 anos.
“A partir daí eu decidi ter uma vida mais saudável, comecei a ler mais sobre saúde e procurei uma assessoria esportiva para me dar orientações no treinamento”, conta o petroleiro. O acompanhamento de um profissional mudou a vida desse campineiro. “Comecei a ter avanços, a treinar mais, melhorar meu desempenho. O negócio foi me empolgando e não teve mais fim”, declara.
A rotina de treinamento do operador é um pouco complicada e depende do horário de turno. No ano passado, por exemplo, Diogo não conseguiu participar de muitas provas de corrida, por causa da parada para manutenção da unidade de craqueamento. “Foram praticamente dois meses de trabalho, sem folga e sem tempo para preparação. Só consegui disputar cinco provas no ano todo”, lembra.
Já em 2017 foram sete maratonas e diversas corridas de 5, 10 e 21km. Neste ano, a primeira grande competição será em junho, a Maratona de Porto Alegre, mas Diogo já antecipa que não conseguirá treinar o suficiente em função de mais uma parada na refinaria, que deve ocorrer entre abril e maio.
Os treinos para disputar uma competição começam com cerca de quatro meses de antecedência. Diogo já correu a UpHill Marathon, a prova mais difícil do Brasil, com 42 km só de subida, na Serra do Rio do Rastro, em Santa Catarina. Ele também já participou da São Silvestre, mas não gostou. Em 2018, ele correu sua primeira prova internacional, a Maratona da Disney.
Há cinco anos, o atleta disputa a Maratona de São Paulo, considerada a mais desafiadora, mas este ano ficará ausente por causa da parada. “Não tem sombra, a gente corre no meio de prédios, na marginal, respirando um ar poluído, é uma das maratonas em áreas urbanas mais difíceis do mundo”.
Há dois anos, Diogo começou a faculdade de educação física e já orienta vários amigos nos treinos. Pra quem quiser começar a correr, o futuro professor dá algumas dicas:
⚫ Procure um profissional da área para ter um planejamento de treino adequado, de acordo com suas características e necessidades;
⚫ Faça uma avaliação médica, para garantir suas condições de praticar a atividade física;
⚫ Use roupas e tênis apropriados e confortáveis.