Mulheres de todo país mostram que aqui não tem fraquejada

Aos poucos elas foram chegando, trajando suas camisetas, bandeiras e cartazes, portando mensagens variadas, mas que tinham, ao fundo, o mesmo grito: vale lutar pela democracia! São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Belo Horizonte, Roma, Barcelona, Londres e em muitos outros rincões do Brasil e mundo afora, centenas de milhares de mulheres e homens, crianças, jovens, idosos ocuparam ruas e praças para dizer não ao retrocesso.
O movimento que começou nas redes sociais, e imediatamente ganhou a adesão de milhões de mulheres, imprime à atual eleição um frescor de democracia, após a sociedade sofrer tantos ataques: golpe em 2016, golpe dentro do golpe com a prisão de Lula, farsa jurídica para evitar que o ex-presidente se candidatasse, intervenção militar no Rio de Janeiro, crescimento do fascismo e o surgimento de um candidato misógino, racista, homofóbico, garoto propaganda de indústria de armamentos, que propaga ideais reacionários, antidemocráticos e fascistas.
Contra todo esse cenário adverso, a população, em especial as mulheres, deu seu grito de resistência dizendo um rotundo #elenão!, mobilização que ganhou adesão internacional, ultrapassou opções partidárias e questões de gênero para se tornar um movimento de cidadania e um exemplo de resistência para o mundo.
O resultado final da eleição ainda é uma incógnita, mas as gigantescas manifestações ocorridas há oito dias da votação do primeiro turno mostram que a rejeição às práticas antidemocráticas encontra muito mais resistência do que “analistas” e a mídia conservadora imaginava. Dia 29 de setembro de 2018 inaugurou um novo momento da história política do país.

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