É muito difícil definir e apontar todas as variáveis que exerceram influência sobre fatos históricos relevantes. No calor do momento, uma gama extensa de interesses, níveis de consciência e poderes políticos entram em jogo para influenciar a arena na qual a história é escrita. Além disso, a história não é estanque, muito pelo contrário, ela é construída e reconstruída nos processos de elaboração que são realizados, via de regra, a posteriori dos acontecimentos.
Este é justamente o objetivo desta exposição, que marca os 40 anos da greve dos petroleiros de julho de 1983 – a primeira do Sistema Petrobrás. O contexto político, a organização prévia, os personagens colocados em lados opostos da trincheira e as consequências desse episódio serão tratados como um esforço não apenas historiográfico, mas como uma tentativa de entender quais foram suas consequências concretas – e quais delas ainda reverberam atualmente. Mais do que isso, este é um empenho coletivo para apontar quais são os aprendizados que podem ser aplicados em futuras mobilizações.