Live: saúde dos petroleiros em tempos de coronavírus

O assunto da vez foi a saúde dos trabalhadores em meio à crise

Por Andreza de Oliveira

Em um cenário de pandemia por conta do novo coronavírus, o Sindicato Unificado dos Petroleiros do Estado de São Paulo (Sindipetro Unificado-SP) vem organizando uma série de lives para continuar interagindo – de maneira segura – com a categoria petroleira. O assunto da vez foi a saúde dos trabalhadores em meio à crise.

Com mediação do jornalista Guilherme Weimann, a atividade contou com a participação do médico especialista em saúde do trabalhador,  Adilson Rocha Campos, e do dirigente do Sindipetro Unificado, Itamar Sanches. No debate foram abordadas as principais dúvidas sobre as decisões tomadas pela Petrobrás e saúde mental durante em meio à pandemia, além da importância do Sistema Único de Saúde (SUS) nesse momento. 

Para Itamar Sanches, o retorno que a Petrobrás vem dando aos sindicatos está razoável. “A empresa foi ágil ao colocar os trabalhadores do administrativo em home office assim que o estado de calamidade foi decretado, apesar das reduções nos salários e diminuição de direitos”, opinou. 

Os maiores problemas, na visão do dirigente, são a falta de compromisso da Petrobrás com os companheiros terceirizados e na falta de transparência da empresa em relação aos protocolos e dados sobre os funcionários que foram afastados por conta da covid-19, informação que para Adilson Campos é fundamental em uma situação como essa.

A questão do assédio moral também foi discutida como um dos principais causadores da instabilidade da saúde mental dos trabalhadores, junto às propostas de redução salarial. “Vivemos uma situação muito excepcional, e isso mexe com a saúde mental do trabalhador”, complementou Campos. 

Importância do SUS

Para Campos, o Brasil precisa rever como chegou ao ponto de não ter capacidade de produzir os equipamentos de proteção hospitalar, desde os básicos como máscaras, como também os respiradores que estão sendo essenciais nas Unidades de Terapias Intensivas (UTIs) que estão recebendo pacientes infectados pelo coronavírus. “O SUS não é só assistência, é também indústria”. 

O Brasil é um dos países que menos investe em saúde no mundo, e a maior parte dos recursos investidos são no setor privado. “O SUS é o maior sistema de saúde universal do mundo, com capacidade para atender 210 milhões de brasileiros e o movimento sindical foi fundamental para a sua consolidação”, completou dr. Adilson.

Confira abaixo o bate-papo completo: