Indicado por Guedes, Castello Branco compartilha mesma cabeça retrógrada

Professor da Fundação Getúlio Vargas, Roberto Castello Branco fez seu pós-doutorado na Universidade de Chicago, nos EUA, entre 1977 e 1978, com bolsa do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), órgão vinculado ao Ministério da Ciência. Apesar de ter estudado com recursos públicos, é um ferrenho combatente de empresas estatais. Após a defenestração de Pedro Parente (ex-presidente da companhia), Castello Branco escreveu um artigo publicado por alguns órgãos de imprensa defendendo a venda da Petrobrás e de todas as estatais.
Como futuro presidente da companhia, não se sabe ainda o que pretende fazer, pois, a exemplo de seus chefes, se esmera em não dizer nada. Privatista de carteirinha, não disse, ainda, com clareza, sua opinião sobre o desmonte da Petrobrás; já declarou algumas vezes que prefere o modelo de concessão para o pré-sal – por ser o preferido das empresas estrangeiras – mas afirmou recentemente que o “modelo do pré-sal ainda está em estudo”. Menos pior assim.
O movimento sindical petroleiro sempre procurou manter uma relação de respeito com a alta gestão da empresa, mas nunca se omitiu de criticar e combater posições que considera contra os interesses dos trabalhadores e da nação. Foi assim com José Eduardo Dutra (que hoje dá nome a um instituto de pesquisa fundado pelos petroleiros), Sergio Gabrielli, um dos melhores presidentes que a empresa teve, Graça Foster e o entreguista Pedro Parente. Não será diferente com o mega conservador Castello Branco. Privatista não tem vida fácil se depender da vontade, garra e disposição dos trabalhadores e trabalhadores de defender a soberania nacional.
Faremos o combate de ideias, de projetos de país, não aceitaremos assédio moral, fakes news, desmonte, terrorismo midiático ou propostas retrógradas fundadas no liberalismo arcaico dos anos 1980.
Não nos intimidamos, somos forjados na luta. Quem quiser destruir a Petrobrás irá desabar como um castelo de cartas.

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