Equipe de Bolsonaro não definiu nome para a Petrobrás

Maior companhia da América Latina e umas das maiores do mundo, descobridora da maior reserva de petróleo das últimas décadas – o pré-sal –, detentora dos maiores estudos geológicos do solo e mar brasileiros… A Petrobrás não é apenas uma empresa de energia, é a grande empresa brasileira responsável pelo impulsionamento da economia e do desenvolvimento nacional. Por isso é tão estratégica e por isso deve permanecer nas mãos do estado.
Essa gigantesca empresa ainda vive a expectativa de quem será escolhido para a sua presidência. As primeiras especulações davam conta de que um militar seria nomeado, notícia que ainda não se confirmou.
Em sequência, o ex-diretor da Vale e ex-conselheiro da Petrobrás, Roberto Castello Branco foi sondado, oficialmente disse não aceitar, mas nos bastidores conversa com a equipe de Paulo Guedes (o verdadeiro novo presidente do país).
Em artigo publicado no dia 26 de junho no jornal Valor Econômico, Castello Branco deixou clara sua ideia de Petrobrás. “A propriedade de 99% da capacidade de refino do país por uma única companhia é anomalia mantida por barreiras à entrada de novos players, como a política de preços de 2011-14. Cabe também ao CADE obrigar a estatal a se desfazer da maior parte de suas refinarias, criando condições para a formação de um mercado competitivo e eficiente”. Ou seja, mais um privatista de primeira linha para alegrar corações e bolsos de investidores estrangeiros.

Resistência em qualquer cenário
Quem trabalha na Petrobrás entende da importância estratégica da empresa. Mesmo aqueles que são a favor da privatização sabem que o custo disso será sentido nos bolsos, nos empregos e na piora das condições de trabalho.
Pela defesa da categoria, de tudo o que conquistamos com luta e do valor que a Petrobrás tem para a soberania do país, vamos lutar com todas as forças para barrar as tentativas de privatização (que virão ainda mais fortes, podem ter certeza). Estamos preparados para as campanhas difamatórias, para as notícias falsas (que parecem ser o núcleo da comunicação do futuro governo Bolsonaro), para aqueles que dirão que direitos e conquistas são privilégios.
Serão tempos de pressão, ameaças e terrorismo de estado para entregar as riquezas do país. Vamos, juntos, resistir.

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