Em ato na porta da Replan, petroleiros exigem segurança
Segurança foi o tema central do ato em defesa da vida, realizado na manhã desta sexta-feira (24), pelo Sindicato Unificado dos Petroleiros do Estado de São Paulo (Sindipetro Unificado-SP), em frente à portaria de acesso da Refinaria de Paulínia. A mobilização atrasou em duas horas o início do expediente do turno e do setor administrativo e reuniu cerca de 300 trabalhadores.
As vans e ônibus fretados que chegavam paravam na entrada da refinaria e os diretores do Sindicato convidavam os trabalhadores a aderir ao movimento. Houve muitas críticas aos petroleiros que não se dispuseram a acompanhar o ato, inclusive dos próprios colegas de trabalho.
“A refinaria teve quatro paradas em um ano. Estamos em um caminho que, estatisticamente, vai levar a um acidente fatal. Nessa última ocorrência, escapamos por um milagre. Se o tanque de águas ácidas tivesse caído um pouco mais para à esquerda ou direita, provavelmente não estaríamos aqui hoje”, declarou o diretor do Unificado Arthur Bob Ragusa.
O dirigente refere-se à explosão do tanque de águas ácidas, ocorrida na madrugada de segunda-feira (20) em uma das duas unidades de craqueamento. O tanque foi lançado pelo ar e atingiu uma das áreas de destilação. Sete minutos antes do acidente, uma petroleira fazia a ronda naquele local.
Nacional
Várias refinarias do país fizeram mobilizações no dia de hoje. A FUP (Federação Única dos Petroleiros) e seus sindicatos realizaram um dia nacional de protestos por segurança, mais investimentos em manutenção e recomposição dos efetivos no Sistema Petrobrás.