Quando um ano está prestes a terminar e outro começar, sempre tentamos imaginar o melhor cenário futuro, de realizações, concretização de sonhos, felicidades cotidianas. Às vésperas de 2019, no entanto, essas palavras pareceriam falsas. A eleição de Jair Bolsonaro, após o golpe de 2016, que retirou do poder Dilma Rousseff, preconizava o início de um período nebuloso na história do Brasil. Eleito sob o manto de fake news, com discurso de ódio e o uso político do judiciário, nada indicava ser 2019 um ano de sonhos realizados e felicidades permanentes.
E não foi.
O que se viu desde os primeiros dias foi um governo ostensivamente nocivo à classe trabalhadora, ao meio ambiente, ao direito das minorias. Um governo que incentiva a repressão policial, o ataque a indígenas, que retira verbas de Ensino e Educação e transfere renda dos mais pobres e da classe média para os já muito ricos industriais, latifundiários e banqueiros.
A entrega da Petrobrás e do pré-sal era agenda certa de um governo nacionalista no discurso e entreguista na prática.
O ano de 2019 foi de crise, desânimo e ataques por parte do governo. Mas foi, também, um ano de resistência, de união e amadurecimento de diversos setores. Não esperamos um 2020 fácil, mas temos a certeza de que os milhares de petroleiros e petroleiras de todo o Brasil saberão defender com orgulho as riquezas nacionais, a ainda maior companhia do país, os direitos trabalhistas e sociais arduamente conquistados. Vamos resistir, vamos lutar, vamos ousar sonhar com um país melhor.