Editorial: defender a democracia sempre

capa do Jornal Petroleiros antes da eleição

Entre 2003 e 2017 o Brasil viveu sob governos democráticos populares, a tal “esquerda” que parece assustar alguns. Nesse período nenhuma instituição sofreu coação, nenhum empresário foi impedido de empreender, ocorreram manifestações reunindo centenas de milhares de pessoas, sem qualquer repressão por parte do governo federal, opositores sempre puderam se manifestar livremente, nenhum chefe de estado foi desrespeitado.

Menos de um ano de governo ultraliberal, o Brasil assiste a um retrocesso de décadas: programas sociais são fechados, verbas para saúde, educação e saneamento são vergonhosamente cortadas, conselhos tripartites extintos, ou seja, tudo o que leva um país a se tornar civilizado está sendo destruído. E as consequências todos veem nos incêndios da Amazônia, no óleo nas praias, no desemprego, na liberação descontrolada de agrotóxicos, nas privatizações e entrega de nossas riquezas.

As declarações do deputado filho presidencial, afirmando que se houver oposição o governo irá decretar um novo AI-5 (símbolo da repressão da ditadura militar) não devem ser apenas condenadas: seu autor, Eduardo Bolsonaro, quebrou todos os decoros parlamentares com esta declaração, rasgou a Constituição que jurou defender, atacou e ameaçou a democracia brasileira. A única resposta que se pode dar para coibir que o pensamento repressor se alastre é a cassação do mandato do parlamentar. Qualquer outra medida será apenas paliativa.

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