Editorial: Ano de resistência

Estamos chegando ao final de 2019, um ano que sabíamos ser de grandes desafios para a classe trabalhadora e para a categoria petroleira, em especial.

Desde os primeiros dias do governo Bolsonaro enfrentamos a ameaça de privatização da Petrobrás, movimento que já havia se iniciado na gestão tampão de Michel Temer, mas que se tornou política de governo sob a tutela do ultraliberal ministro da Economia, Paulo Guedes, que parece exalar ódio de trabalhador por cada poro.

Castello Branco assumiu a Presidência da companhia com a missão de entregar os principais ativos da empresa ao capital estrangeiro, retirar a Petrobrás da liderança da exploração do pré-sal, privatizar refinarias e tornar, por fim, a maior empresa brasileira em um mero apêndice internacional do mercado de óleo e gás. A grande potência energética que o Brasil ousou ser com a descoberta do pré-sal e mudanças no marco regulatório foi ceifada por capachos do capital internacional.

Enfrentamos o aumento da insegurança, do assédio moral, da precarização do nosso trabalho, dos ataques ao movimento sindical. Vimos o trabalhador e trabalhadora petroleira, que tanto orgulho têm de sua empresa, ir e voltar do emprego sem ânimo, cansado com a sobrecarga gerada por falta de efetivo, com medo por conta da piora na manutenção dos equipamentos,  à espreita do que a gestão poderia fazer na semana seguinte para atrapalhar e burocratizar o serviço

Foram muitos desafios e outros tantos virão em 2020. Vamos enfrentá-los como sempre fizemos, de cabeça erguida, olhando para o futuro do Brasil, da Petrobrás e dos trabalhadores e cientes da importância de nossa categoria para o desenvolvimento do país. Petroleiro/a não foge à luta. Que venha 2020.

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