EDITORIAL : Acordo ou greve

A categoria petroleira possui um excelente Acordo Coletivo, fruto de muitos anos de organização sindical, mobilização, negociações exaustivas e, quando necessário, greve. Em 1995, os petroleiros protagonizaram a maior greve de sua história, contra o governo FHC, que não cumpriu o acordo firmado com a categoria. Ao longo da gestão tucana diversos direitos foram retirados da categoria, mas a maioria retornou nos anos seguintes, com muita luta. Em 2015, novamente os trabalhadores e trabalhadoras do Sistema Petrobrás cruzaram os braços em defesa de suas conquistas.

Mais uma vez a categoria está sendo chamada à luta. A FUP, a FNP e seus sindicatos fizeram todos os esforços para negociar e garantir a manutenção do atual ACT, sem retirada de direitos. A direção da empresa tem se mostrado inflexível e buscou junto ao TST a mediação da disputa. Fomos ao Tribunal, expusemos nossos argumentos queremos continuar negociando, mas não vamos abrir mão de direitos fundamentais conquistados por todos nós.

A partir desta semana, petroleiros e petroleiras de todo o país realizam assembleias para definir os rumos da campanha salarial e a proposta de GREVE caso a direção da Petrobrás feche as portas para qualquer diálogo.

A situação do país e da empresa é grave, a democracia está sendo diariamente atacada pela milícia que assumiu o poder. Vamos resistir e defender a democracia sempre. Vamos defender nossos empregos e direitos, vamos defender a Petrobrás forte e pública. Se for preciso vamos novamente à greve.

Participe das assembleias, seja o protagonista deste momento histórico de nossas vidas.

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