No dia 30, depois de um chá de cadeira de mais de cinco horas e muita pressão, o coordenador da Regional Campinas, Gustavo Marsaioli, teve a entrada liberada na Refinaria de Paulínia. O acesso foi permitido por volta das 12h30 e o dirigente foi recebido pelos gerentes de SMS, RH, Produção, Inspeção de Equipamentos, Segurança Corporativa e Otimização.
A gerência apresentou o cronograma de partida da refinaria, que foi iniciada na noite dia 29, e explicou que está trabalhando com reforço de equipes nas unidades. “Os grupos que trabalhariam nas unidades sinistradas (Destilação e Craqueamento) estão sendo deslocados para os conjuntos em processo de partida”, informou Marsaioli.
O dirigente sindical também recebeu informações de como foi a vistoria da ANP (Agência Nacional do Petróleo), realizada dia 29, nas instalações da refinaria. “Eles disseram que já tinham enviado ao órgão uma série de documentos, inclusive da Gestão de Mudanças. Ontem houve a inspeção in loco, com registro de fotos, e os técnicos da ANP pediram explicações detalhadas sobre o processo da refinaria”, destacou.
Segundo Marsaioli, os gerentes afirmaram que a operação nas unidades de destilação e craqueamento, que não foram atingidas pelo acidente, e de alguns subsistemas deve estar normalizada em dois dias e meio. A produção no restante da refinaria começa em torno de uma semana. Inicialmente, a Replan vai operar com carga de 50%. Parte das duas unidades afetadas foi destruída e o conserto deve demorar alguns meses para ser concluído.
Bombas de incêndio
O diretor do Sindicato sugeriu que seja feita a inspeção das bombas auxiliares de incêndio, que foram usadas no combate ao fogo no dia 20, e reavaliação do procedimento de emergência para a saída dos trabalhadores do laboratório. “Ficamos de enviar relatos dos trabalhadores à empresa, para contribuir nas questões da segurança”, ressaltou. Segundo ele, o Sindicato continuará avaliando as condições de trabalho na refinaria, junto ao efetivo operacional.