Dicas culturais
Leandro Lanfredi de Andrade , do Terminal São Caetano do Sul | Filme “A Revolução em Paris”, mostra a vida de algumas pessoas misturada a uma ideia na Revolução Francesa: o direito dos oprimidos se rebelarem.
Jefferson de Paula, da Replan | Música “Esses discos voadores me preocupam demais”, de Zé Ramalho. Sugiro que ouçam e reflitam sobre a mensagem contida na letra.
Bianca Borges Fauro, do Coque/Replan | Livro “Marcha de Radetzky”, de Joseph Roth, trabalha bem o período entre guerras na Áustria, mas traz elementos bem pertinentes.
Exposição
O Nordeste multifacetário
Texto e fotos: Norian Segatto
Quando se pensa em cultura nordestina é quase impossível não imaginar estereótipos como a música regional ou esculturas feitas em barro. Tem isso também na exposição À Nordeste – em cartaz no Sesc 24 de maio, no centro de São Paulo -, mas não só. Com curadoria de Bitu Cassundé, Clarissa Dini e Marcelo Campos, a exposição parte da provocação do artista cearense Yuri Firmeza: “A nordeste de quê?”, e busca apresentar uma reflexão sobre as singularidades regionais a partir de sua produção simbólica e material.
Reunindo um belo acervo de obras, que abarcam expressões como escultura, vídeo, pintura, fotos, instalações, a mostra pretende, nas palavras de seus curadores, “pensar as circunstâncias históricas, sociais e culturais da invenção de uma ideia de Nordeste”.
À Nordeste reúne um conjunto de 275 trabalhos, de diversas linguagens e suportes, do barro aos memes, criações singulares de 160 artistas, quase todos nordestinos, mas não exclusivamente.
Para se ter uma ideia da diversidade de artistas, integram a exposição nomes como Abraham Palatinik, Almandrade, Antônio Bandeira, Ayrson Heráclito, Bárbara Wagner e Benjamin de Burca, Bispo do Rosário, Cristiano Lenhardt, Gilberto Freyre, Glauber Rocha, Jean-Pierre Chabloz, Jonathas de Andrade, Juliana Notari, Leonilson, Marepe, Mestre Vitalino, Romero Britto, Tadeu dos Bonecos entre outros.
Para facilitar a navegação do público em meio à exposição, que pelo volume de artistas e obras, os trabalhos foram divididos em oito núcleos que se ramificam e mesclam uns aos outros: Futuro, Insurgência, (De)colonialidade, Trabalho, Natureza, Cidade, Desejo e Linguagem.
Serviço
À Nordeste
Sesc 24 de maio / Rua 24 de maio, 109, República
Terça a sábado, das 9h às 21h, domingos e feriados, das 9h às 18h
Até 25 de agosto
Esporte
O grande clássico das Américas
O Brasil passou apertado pela modesta equipe do Paraguai, na Copa América, mostrou um time com pouca inspiração tática e dificuldade de definição ofensiva, apesar de o bom goleiro paraguaio, Gatito Fernandes, ter sido o melhor em campo. A equipe brasileira precisou da cobrança de pênaltis para definir a classificação.
Já a Argentina, apesar de apresentar um futebol muito longe do que já teve, vem evoluindo na competição, ganhou sem passar sustos da boa Venezuela, por 2×0 e encara nesta terça o Brasil no estádio do Mineirão.
Um duelo de duas forças mundiais, sem favorito prévio, mas com potencial explosivo para o perdedor. De um lado, Tite já não é, há tempos, unanimidade como técnico; do outro lado, o jovem Lionel Scaloni ainda tenta se afirmar após os últimos vexames da seleção Argentina.