Por Norian Segatto
Pouco se sabe e muito se especula sobre as manchas de óleo que estão invadindo o litoral do Nordeste. O governo, que não tem nenhum compromisso com a verdade, aproveitou o desastre para fazer campanha ideológica contra a Venezuela, e ficou falando sozinho depois de a mídia envergonhadamente repetir a bobagem ditas por “especialistas” como Ricardo Salles (ministro do Meio Ambiente).
Poucos se atentaram de lembrar que em novembro de 2018, a agência Reuters reportou uma colisão entre navios e, já na época, alertou para a possibilidade de esse vazamento chegar à costa brasileira. Conforme explica a matéria, o monitoramento desse tipo de acidente é fraco – ou nulo – pelas autoridades brasileiras.
Segundo a reportagem da Reuters, “a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e a Marinha disseram que nunca foram informados sobre a colisão de dois navios em 2017 durante uma transferência de petróleo entre navios. O operador da transação Knutsen NYK Offshore Tankers estimou que uma das embarcações envolvidas sofreu 1 milhão de dólares em danos decorrentes da colisão”.
Clique aqui para ler a íntegra da matéria da Reuters, de 28 de novembro de 2018.
Ministério Público Federal
O O juiz plantonista Fábio Cordeiro de Lima, do Ministério Público Federal de Sergipe concedeu tutela em ação para que o governo federal seja obrigado a adotar medidas efetivas de proteção do litoral sergipano em um prazo de 24 horas após um vazamento de óleo atingir as praias do Nordeste. O juiz determinou que, “no prazo de 48 horas, a União Federal, junto com o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Renováveis), implante barreiras de proteção nos rios São Francisco, Japaratuba, Sergipe, Vaza Barris e Real, com o consequente monitoramento”. A multa para caso de descumprimento é de R$ 100 mil.