Categoria diz NÃO a perdas de direitos e SIM à mobilização

Não adiantou a alta gestão da Petrobrás pressionar, promover assédio em massa, orientar gerentes para irem às assembleias votar e intimidar. Ao final de uma tensa semana de assembleias nas duas refinarias, prédios administrativos, UTEs e terminais da Transpetro espalhados por todo o Estado, a categoria, por ampla maioria, recusou a contraproposta feita pela empresa (que retirava e rebaixava direitos), foram quase 72% dos votos contra e apenas 24% a favor, com 4% de abstenções.

A proposta de ir para a greve caso as negociações não cheguem a um consenso obteve aprovação de 55% dos petroleiros e petroleiras; 33% foram contra e 12% se abstiveram.

Esses números mostram a consciência de luta da categoria, mas são insuficientes para transmitir o clima de cada assembleia, a ansiedade e nervosismo, o cansaço nas expressões dos dirigentes, que conduziam assembleias de uma madrugada a outra, cobrindo nossa extensa base territorial de representação.

Em todo o país essa realidade se repetiu e a proposta da Petrobrás foi rejeitada nacionalmente.

Com esse resultado e a intermediação do Tribunal Superior do Trabalho (leia matéria ao lado), a FUP e a FNP voltaram à mesa de negociação, que iniciou no dia 4 e se completa nesta terça-feira, 10.

Vamos negociar até à exaustão, buscar o melhor acordo possível para a categoria, resistir aos desmontes promovidos por essa gestão, mas não vamos aceitar ser humilhados com uma proposta goela abaixo, que retire nossos principais direitos e abra caminho para a privatização da companhia. Se for necessário, iremos à greve.

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