Trabalhadores não podem aceitar imposição de poder e uma liderança sustentada pelo medo e perseguição
Por Bronca do Peão
Na Usina Termelétrica de Três Lagoas (MS), com menos de 15 dias no cargo, o novo preposto da Vix demitiu um trabalhador que não tinha absolutamente nenhuma queixa de seu trabalho, nenhuma ocorrência que justificasse minimamente o ato. O motivo? Ter senso crítico? Ou seriam preconceitos pessoais direcionados ao trabalhador? Não sabemos, mas conversando com as pessoas envolvidas, ficou claro que há uma intenção de imposição de poder de forma desumana, e para isso era necessário um “boi de piranha”. Sabemos que uma liderança é validada essencialmente por duas vias: pelo convencimento e livre agregação do coletivo ou pela imposição, que se sustenta não no livre convencimento, mas no medo da perseguição e demissão.
Antes da demissão, outro episódio de ataque aos trabalhadores ocorreu quando o Princeso tentou remover um turno de trabalho dos motoristas à revelia das exigências do contrato. Naturalmente, teve que recuar de sua tentativa de máxima exploração da mão de obra e foi obrigado a cumprir o que o contrato exigia. Por outro lado, a própria empresa parece validar essa atitude, ao organizar uma lógica de horas trabalhadas na qual, se o trabalhador que está de folga é chamado para trabalhar, ele não recebe como hora extra. A empresa criou um banco de horas fictício, onde o trabalhador, que cumpre sua escala determinada, fecha o mês “devendo” horas para a empresa. Assim, o que deveria ser pago é “sugado” pelo banco de horas imaginário.
O tempo da maldade contra o trabalhador precisa ficar no passado! Não aceitaremos que pessoas com esse tipo de pensamento tratem nossos companheiros como objetos, manipulados como se não fossem humanos com vida e propósitos próprios. Uma boa gestão acomoda os interesses para entregar o melhor resultado, não impõe absurdos contando com o silêncio dos que precisam de um emprego para garantir seu sustento. Avisamos: nossos companheiros e companheiras não estão sozinhos.