BR Distribuidora no paredão

Maior rede de postos de gasolina do país com 8.200 postos de serviços e mais de 1.200 lojas de conveniência, a BR Distribuidora foi oficialmente colocada à venda no dia 3 de julho, quando a direção da Petrobrás encaminhou à CVM (Comissão de Valores Mobiliários) um pedido de oferta de distribuição secundária de 291,3 milhões de ações da BR.

Conforme o prospecto preliminar da oferta a Petrobrás buscará vender de 25% a 33,75% do capital social da subsidiária, o que na prática significa a privatização da Distribuidora. Atualmente, a Petrobrás detém 71,25% de participação na subsidiária.

O mercado, como sempre, adorou a notícia e já faz os cálculos de quanto irão lucrar em cima do patrimônio brasileiro. Dias antes do anúncio, na sexta-feira, 28, a BR Distribuidora informou o pré-pagamento de R$ 423 milhões em Termos de Compromissos Financeiros (TCFs) oriundos do Acordo de Obrigações Recíprocas (AOC) celebrado com a Petros. Parece bastante claro que a operação visa, principalmente, a limpar o passivo da BR para tornar ainda mais atraente para compradores.

Além do controle da BR, a gestão White Castel anunciou a venda da totalidade da participação da Petrobrás em 14 campos maduros localizados na Bahia e a venda de 50% de seu parque de refino.

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