
Em outubro de 1973, eclodiu a Guerra do Yom Kippur. A motivação foi uma linha de fortificações construídas no Canal de Suez, que visava garantir os territórios ocupados por Israel na Guerra dos Seis Dias, ocorrida em 1967, que até então pertenciam ao Egito e à Síria. A vitória de Israel desencadeou um contra-ataque econômico, com o aumento exponencial do preço do barril do petróleo pelos grandes exportadores, como Arábia Saudita, Iraque e Irã.
Com essa medida, os países árabes visavam chamar a atenção do mundo em relação às políticas expansionistas de Israel. Entre outubro de 1973 e dezembro de 1974, o preço do barril saltou de 3 para 12 dólares, o que gerou um forte impacto na balança comercial brasileira, que na época importava cerca de 80% do petróleo consumido internamente.
Para minimizar esses efeitos nocivos à economia, o Brasil passou a estreitar os laços com os países produtores do Oriente Médio, incluindo a prospecção de novos campos de petróleo na região. Foi nesse contexto, em maio de 1972, que a Refinaria do Planalto (Replan), da Petrobrás, passou a operar e, pouco tempo depois, a consolidar-se como a maior unidade de produção de derivados de petróleo do país.
