A Constituição Federal de 1988, fruto de um momento de transformação histórica, abriu espaço para a anistia, especificamente no artigo 8º do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, que para ser aprovada contou com forte apoio de alguns deputados constituintes, em especial de Olívio Dutra e Luiz Inácio Lula da Silva. Esse artigo foi regulamentado somente 14 anos depois, em 2002, com a Lei 10.559, que culminou na anistia e reparação econômica da grande maioria dos petroleiros prejudicados em decorrência da greve política de 1983.
Esse processo, entretanto, não foi automático. Contou com um grande esforço dos trabalhadores, juntamente com uma assessoria jurídica, para comprovar diante da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça o caráter político da greve contra a ditadura militar.
Em Campinas, essa luta é realizada por meio do Sindipetro Unificado e, mais recentemente, também pela Associação dos Anistiados Políticos Petroleiros da Refinaria de Paulínia da Greve de 1983 (RELUTE). Já na Bahia, essa batalha pela reparação é protagonizada pela Associação Brasileira dos Anistiados Políticos do Sistema Petrobrás e Demais Empresas Estatais (Abraspet).