A direção do Sindicato realizou setoriais na Replan para discutir dois temas que têm gerado bastante preocupação entre os trabalhadores do turno: efetivo e transporte. As setoriais começaram no dia 23 de fevereiro e terminaram em 6 de março.
A ameaça de corte de mais uma linha de ônibus, sendo que a empresa já retirou de circulação dois fretados, deixou o pessoal apreensivo. Quando houve a redução da frota, foi necessário o remanejamento de passageiros para as linhas em operação, o que resultou em veículos mais cheios e viagens mais longas.
Além disso, quando a empresa propôs a troca dos ônibus grandes pelos micro-ônibus argumentou que a medida ampliaria o número de linhas e diminuiria o tempo de trajeto, e não o contrário, como está acontecendo hoje. Os trabalhadores reclamaram também das más condições de alguns veículos, que chacoalham demais e são barulhentos.
“Vamos averiguar se a informação do corte procede e, caso seja verdade, nos disponibilizamos a fazer uma mobilização”, afirmou Marsaioli, coordenador da Regional Campinas.
Efetivo
Com relação ao efetivo, há tempos o Sindicato solicita à Replan que oficialize o número de trabalhadores e garanta, no mínimo, os quadros atuais, conforme determina a NR-20 – a norma estabelece que as empresas que executam instalações de processamento de líquidos inflamáveis devem registrar o número de trabalhadores para operação segura.
A empresa justifica que ainda está elaborando estudos complementares ao Plafort (Planejamento da Força de Trabalho), para estabelecer premissas de definição de efetivo, homem-hora por atividade, entre outras.
Diante da demora em apresentar os dados, o Sindicato tem receio de que a gerência tenha planos de reduzir primeiro o efetivo para só depois sacramentar o número mínimo. “Se houver a redução de efetivo de forma arbitrária, sem discussão com o Sindicato, nós iremos para a briga, e o pessoal mostrou disposição para isso”, destacou o diretor.