
A assembleia do dia 5 de julho foi unânime na aprovação da greve com a seguinte pauta: não à manipulação do INPC; ao decreto-lei nº 2036; ao acordo com o FMI; e pelo monopólio estatal do petróleo. Como pano de fundo, o que se discutia era que, todas essas medidas somadas, abriam espaço para a privatização da Petrobrás e de outras empresas estatais.
Por receio de que a Petrobrás mantivesse dois grupos de trabalho dentro da refinaria, em turnos rotativos de 12 horas – o que inviabilizaria a parada de produção –, o sindicato decidiu antecipar a greve. O grupo que entraria às 23h30 do dia 5 de julho ficou do lado de fora da refinaria. Com isso, o grupo que havia entrado às 15h30 do dia 5 de julho seria o responsável por manter a unidade funcionando até que as negociações avançassem – o que não ocorreu.
Além de não abrir um canal de diálogo, o ministro do Trabalho, Murilo Macedo, decretou intervenção no sindicato às 12h do dia 6 de julho. Às 14h45, devido à exaustão dos trabalhadores, a refinaria parou por motivos de segurança.
